Estádio do Athletico passa a se chamar Mário Celso Petraglia
27 de February de 2024Promessa é de construção de um Memorial com nome de Joaquim Américo
Por Esporte Banda B em 26 de fevereiro, 2024 as 20h12.
No tópico: Furacão
Como era esperado, o Conselho Deliberativo do Athletico confirmou a mudança do nome da Arena de estádio Joaquim Américo Guimarães para Mário Celso Petraglia. O presidente do Furacão recebeu a homenagem já há algum tempo articulada nos bastidores, e desta vez vencendo a resistência do próprio Petraglia, sempre refratário a situações como esta. Mas pesou o fato de haver um movimento muito forte em nome de que a alteração fosse feita com o cartola ainda no comando do clube.
A aprovação foi feita por unanimidade – o Estatuto Social do Athletico prevê que mudanças no próprio estatuto só podem acontecer com aprovação de dois terços ou mais do Conselho Deliberativo. Durante a reunião desta segunda-feira (26), houve a promessa de que será construído um Memorial do clube, dentro da Arena, e que este ganhará o nome de Joaquim Américo. Fundador do Internacional, foi ele quem conseguiu alugar a área da Baixada, ainda em 1912. Ele dava nome ao estádio desde 1934.
Mudar nomes de estádios não é exatamente uma novidade no futebol brasileiro. Normalmente, a alteração acontece depois da morte do personagem homenageado. Casos do Couto Pereira, do Maracanã (Mário Filho), da Vila Capanema (Durival Britto) e do Engenhão (Nílton Santos), por exemplo. Mas a situação mais semelhante à do Athletico é a do Pacaembu. Em 1961, o estádio foi batizado como Paulo Machado de Carvalho, em homenagem ao Marechal da Vitória, chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1958. Doutor Paulo à época tinha 60 anos, e faleceu em 1992.
Petraglia e o Athletico
Empresário, 80 anos, Mário Celso Petraglia vive o Athletico mais de perto há 50 anos. Em 1974, ele foi um dos integrantes da chamada Retaguarda Atleticana, ao lado de outros nomes históricos do clube, como Valmor Zimmermann e Valdo Zanetti. O grupo fez por oito anos uma ‘consultoria’ para os dirigentes rubro-negros, até assumir de fato o poder, em 1982, com a eleição de Onaireves Moura para a presidência. O primeiro cargo de Petraglia no Furacão foi o de diretor financeiro, na primeira gestão de Zimmermann, em 1984.
Como dirigente e conselheiro, Petraglia seguiu no Athletico até 1995, quando assumiu a presidência após a renúncia de Hussein Zraik. De lá para cá, foram 29 anos de poder exercido com mão de ferro – à exceção dos dois anos em que rompeu com o então presidente Marcos Malucelli. Sob a liderança do dirigente, o Furacão rompeu um processo de lento apequenamento e se tornou um dos principais clubes da América do Sul. Oficialmente, ele exerce a presidência pela quinta vez, mas mesmo quando não estava no poder de direito, esteve de fato. Nos últimos cinco anos, vem enfrentando seguidos problemas de saúde.