VOCÊ SABIA QUE O PARQUE NEWTON PUPPI É UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL? CONHEÇA ALGUMAS UNIDADES LOCALIZADAS EM CAMPO LARGO NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

6 de June de 2024 0 By Braz de Morais

A Secretaria de Meio Ambiente destaca, nesta data, quais regiões possuem – mais do que restrições – cuidados adicionais para preservar as belezas naturais locais

Publicado: 05/06/2024 15:04:07

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MÍDIAS

Parque Newton Puppi
Fotos: Arquivo / SMCSeTI, Divulgação / SMMA e cedidas pelas RPPN Refúgio Carolina e Tarumã
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Hoje, dia 05 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E, nesta data, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) fez um levantamento de importantes Unidades de Conservação Ambiental que estão localizadas em Campo Largo. Elas são áreas verdes que, pela sua representatividade ambiental, são mantidas preservadas e consideradas como refúgio para diversas espécies de animais silvestres e de vegetação nativa da região.

Sendo importantes áreas para manutenção do equilíbrio ecológico, elas podem ser particulares ou públicas. Falando desse último caso, pela existência delas em seu território, o Município recebe repasses do ICMS Ecológico (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um imposto estadual. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, ele é aplicado novamente em investimentos como obras e manutenção de áreas ambientais públicas.

Unidades públicas de conservação – Você sabia que o Parque Newton Puppi é uma Unidade de Conservação (UC)? Sim, o tradicional parque de Campo Largo, também conhecido como Parque Cambuí, além de ser um espaço de lazer e prática de atividades físicas, também possui representatividade ecológica. Localizado no coração da cidade com uma área de mais de 1.460.000 m², conta com uma vegetação nativa que foi cadastrada pelo Instituto Água e Terra (IAT) como Unidade de Conservação. Isso significa que o espaço é extremamente importante para a preservação ambiental e proteção do Rio Cambuí (que passa por dentro do parque).

Dentro da área territorial de Campo Largo existe também uma UC Federal, a Floresta Nacional do Açungui, ou Flona de Assungui, que possui uma área de 728,78 hectares – abrangendo parte do Município. A área fica na Estrada do Cerne, km 64, e destaca-se por ser o maior remanescente de Floresta com Araucária do Vale do Rio Açungui, um dos afluentes do Rio Ribeira, com grande importância regional. É gerenciada pelo NGI ICMBio Curitiba, vinculada ao  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que é responsável por gerir, proteger, monitorar e fiscalizar as 336 Unidades de Conservação Federais existentes em todo o país. Uma Floresta Nacional é uma unidade com cobertura de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica.

E Campo Largo ainda abriga três Áreas de Proteção Ambiental (APAs): cerca de 20,58% da APA Estadual do Passaúna, no bairro Ferraria, cerca de 73,60% da APA Estadual do Rio Verde, e cerca de 3,05% da APA Estadual da Escarpa Devoniana.

APA do Passaúna abrange, além de Campo Largo, Curitiba, Araucária, Campo Magro e Almirante Tamandaré, com área aproximada de 16.020,00 hectares. Nela predomina a Mata Atlântica e está a barragem do Rio Passaúna, manancial responsável por grande parte do abastecimento da capital paranaense. Criada em 1991, é uma área de uso sustentável e de instância estadual, gerida pela Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP).

Já a APA do Rio Verde está localizada nos municípios de Araucária e Campo Largo, com área aproximada de 147,56 km². Nela predomina a Mata Atlântica e está o Rio Verde, manancial que abastece toda Campo Largo. Criada em 2000, também é uma área de uso sustentável e de instância estadual, gerida pela AMEP.

E a APA da Escarpa Devoniana é a maior Unidade de Conservação do Paraná, com quase 400 mil hectares de área, distribuídos por 13 municípios: Arapoti, Balsa Nova, Campo Largo, Carambeí, Castro, Jaguariaíva, Lapa, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Sengés e Tibagi. Nela predomina a Mata Atlântica e, em geral, os rios que cortam a região pertencem à formação hidrográfica da bacia do rio Paraná, a oeste da Serra do Mar. No entanto, na região há importantes sub-bacias como Rio Açunguí, Rio Ribeira, Rio Iguaçú, entre muitos outros. Nas bordas a Leste e a Oeste é caracterizada por grandes paredões rochosos, que delimitam o primeiro e o segundo planalto do Paraná. Criada em 1992, também é uma área de uso sustentável e de instância estadual.

Unidades particulares de conservação – São áreas chamadas de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), uma modalidade de Unidade de Conservação de domínio privado, pessoa física ou jurídica, gravada com perpetuidade na matrícula do imóvel e cuja criação não afeta a titularidade do imóvel. O principal objetivo de uma RPPN é conservar a diversidade biológica.

As reservas particulares contribuem para a ampliação das áreas protegidas no país, apresentando índices altamente positivos principalmente com relação à manutenção de serviços ecossistêmicos. Elas possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço conjunto das Unidades de Conservação – de todas as instâncias – para a proteção dos biomas paranaenses.

De acordo com a engenheira florestal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Andreza Soares Branco, “qualquer área pode ser transformada em RPPN, desde que possua relevante importância para a conservação da biodiversidade e dos atributos naturais. Podem ser destacados aspectos paisagísticos, ou o abrigo de espécies da fauna ou flora raras e ameaçadas de extinção, ou ainda locais que justifiquem a recuperação devido à sua grande importância para o ecossistema em que estão inseridos”.

Uma das Reservas Particulares do Patrimônio Natural localizadas em Campo Largo chama-se Refúgio Carolina, com pouco mais de 10 mil m² (1,1420 hectares). Nela estão abrigadas mais de 157 pinheiros araucária de diferentes idades, sendo as mais antigas com cerca de 30 a 40 anos. Abriga também diversas nativas pertencentes a 21 famílias botânicas e 32 espécies arbóreas que, juntas, protegem um córrego de águas cristalinas que percorre toda a divisa dos fundos da reserva. Por estar inserida no meio de outras áreas verdes, esta RPPN serve de passagem e abrigo para a fauna local, incluindo a gralha azul – já observada na área. O Refúgio Carolina é disponibilizado para pesquisas, com interesse especial para espécies nativas que fornecem alimento para a fauna, sendo um verdadeiro banco de sementes que naturalmente se dispersam pela fauna na região.

Outra Reserva Particular do Patrimônio Natural chama-se Tarumã e soma 847,00 hectares de área total. Ela divide-se, sendo 404,00 hectares dentro de Campo Largo e 443,00 hectares no município de Palmeira. Encontra-se inserida na APA da Escarpa Devoniana, distante aproximadamente 20 km do Parque Estadual de Vila Velha. A região é considerada de alta prioridade para conservação, segundo o Ministério do Meio Ambiente, e situa-se no primeiro planalto paranaense, uma área composta – em sua totalidade – por Floresta com Araucária (Floresta Ombrófila Mista). Muitos rios que atravessam a RPPN Tarumã deságuam no Rio Açungui (que está dentro da Flona de Assungui). A fauna é rica, com várias espécies de aves, mamíferos, répteis e insetos. Já dentre a flora, muitas espécies encontram-se em extinção como araucárias, imbuias e xaxins.

Continue acompanhando os canais da Prefeitura para saber mais sobre meio ambiente, ensine as crianças a cuidar da natureza, e ajude a preservar as riquezas naturais da nossa região.